Mão desenhando um fluxograma de arquitetura com caneta em vidro.
  • Equipe Projetools
  • 29 Outubro, 2024

Fluxograma na Arquitetura: o que é e como usar em seu projeto


Os fluxogramas são ferramentas visuais amplamente utilizadas para organizar processos, representar etapas e simplificar a comunicação entre equipes. No campo da arquitetura, eles podem trazer ainda mais clareza e eficiência ao desenvolvimento de projetos. Um fluxograma bem estruturado facilita a compreensão de fases complexas, melhorando a tomada de decisões e a organização do trabalho no escritório e no canteiro de obras.

Neste artigo, vamos explorar como utilizar fluxogramas na arquitetura, apresentando exemplos práticos e sugerindo maneiras de aplicá-los em projetos arquitetônicos e gestão do escritório. Continue a leitura e descubra como essa ferramenta pode otimizar o seu dia a dia!




O que é o fluxograma na arquitetura?


No contexto da arquitetura, um fluxograma é um diagrama que mapeia o fluxo de atividades, desde a concepção do projeto até a execução final. Assim, esse recurso permite que os arquitetos visualizem todas as etapas envolvidas, incluindo decisões, revisões e aprovações, além de auxiliar na coordenação de equipes e fornecedores.

Por ser um recurso visual, o fluxograma facilita o entendimento de processos complexos e garante que cada fase seja executada de maneira organizada e eficiente.

Os fluxogramas na arquitetura podem ser usados para diversos fins, desde mapear o fluxo de atividades em um projeto arquitetônico até na precificação dos serviços de arquitetura. Eles também ajudam a identificar gargalos ou pontos que precisam de mais atenção, tornando o processo mais transparente para todos os envolvidos.


Qual é a diferença entre fluxograma e organograma?


Antes de explicar a diferença, vamos mostrar as semelhanças entre fluxograma e organograma: ambos são tipos de diagramas, portanto surgem da intenção de esquematizar algo para melhor visualização. Porém, cada qual tem sua especificidade e podem se encaixar em processos diferentes.

O que os diferencia é o objetivo e a utilidade. Enquanto o organograma é útil para hierarquizar e definir uma estrutura de trabalho, o fluxograma é mais adequado para mapear um processo completo, facilitando a visualização de tarefas, decisões e o fluxo de informações entre os envolvidos.

Quando bem integrados, é possível explorar melhor as possibilidades de cada um. Para exemplificar, vamos aplicar as ferramentas em um escritório de arquitetura:

O organograma pode ser utilizado na estrutura organizacional do escritório. Geralmente, começa-se com o cargo mais elevado, seguindo para a disposição dos postos diretamente subordinados a ele e suas funções.


Exemplo de um organograma de arquitetura com funções técnicas e administrativas de um escritório.

Já o fluxograma é ideal para distribuir as etapas de um projeto de arquitetura, qual a responsabilidade de cada pessoa participante e qual a sequência exata a seguir para executar o planejamento com excelência.


Exemplo de um fluxograma de arquitetura com etapas de um projeto arquitetônico.


Tipos de fluxograma mais utilizados na arquitetura


O fluxograma pode ser personalizado para admitir as particularidades de cada projeto. No entanto, há dois tipos-base de fluxograma amplamente utilizados. São eles:


Fluxograma Linear


O fluxograma linear é utilizado para mostrar a sequência de atividades de maneira direta e simples. Ele é ideal para mapear o fluxo sequencial de etapas de um projeto arquitetônico, como a análise de requisitos do cliente, o levantamento de dados do terreno, a criação de esboços e, finalmente, a entrega do projeto.

Por exemplo, em um projeto de reforma, um fluxograma linear pode ilustrar as fases desde a demolição de paredes até a finalização da pintura, permitindo que a equipe acompanhe o progresso do trabalho de forma organizada e eficiente.


Exemplo de um fluxograma de arquitetura do tipo linear com etapas de um programa de necessidades.


Fluxograma funcional


O fluxograma funcional, por outro lado, é mais focado na visualização de responsabilidades e tarefas distribuídas entre diferentes membros da equipe. Ele é especialmente útil em projetos colaborativos, onde várias pessoas ou departamentos estão envolvidos em diferentes fases do projeto.

Por exemplo, em um grande escritório de arquitetura, o fluxograma funcional pode ser utilizado para identificar quem é responsável pela elaboração de plantas, pela verificação da viabilidade estrutural e pela execução de modelagens 3D. Dessa forma, cada equipe sabe exatamente em que momento deve atuar, melhorando a comunicação e a eficiência do projeto.


Exemplo de um fluxograma de arquitetura do tipo funcional com etapas e ações específicas de um programa de necessidades e as equipes responsáveis.

Os fluxogramas podem ser feitos utilizando ferramentas digitais, como alguns programas para arquitetura ou softwares específicos de diagramação, como o Lucidchart ou o Microsoft Visio.

Além disso, é possível fazer manualmente, desenhando os símbolos e conexões que representam o fluxo de etapas e decisões de um processo.

Os fluxogramas podem ser exibidos em salas de reuniões, podem ser visualizados virtualmente e, inclusive, podem ser colocados no portfólio de arquitetura se for útil para enriquecer o seu conteúdo.


O que significam os símbolos de um fluxograma?


Acima de tudo, um fluxograma é uma ferramenta comunicativa, ou seja, cada símbolo tem um sentido específico e deve ser lido como tal. A seguir, mostraremos os principais símbolos usados em projetos de arquitetura.


  • Elipse: representa o início ou o fim de um processo.
  • Retângulo: indica uma ação ou uma etapa.
  • Diamante: demonstra uma decisão importante capaz de mudar o fluxo.
  • Seta: aponta o fluxo das atividades.


Em quais situações práticas são usados fluxogramas na arquitetura?


Os fluxogramas podem ser aplicados em diversas situações da área de arquitetura, especialmente na fase de planejamento, análise de processos e comunicação de soluções. Para entender um pouco mais como usá-los no seu escritório, separamos alguns exemplos práticos que podem servir de inspiração. Acompanhe!


1. Processo de aprovação de projetos


Os fluxogramas podem ser utilizados para mapear todas as etapas envolvidas na aprovação de um projeto junto aos órgãos reguladores, desde o envio da documentação inicial até a obtenção do alvará de construção, detalhando as fases de revisão, correção e aprovação.


2. Fluxo de trabalho de projeto arquitetônico


Pode-se desenhar um fluxograma para guiar o desenvolvimento de um projeto, desde a fase conceitual até a execução. O diagrama pode incluir todas as etapas do projeto arquitetônico, compatibilização com demais disciplinas e acompanhamento de obra.

Nesse tipo de fluxograma, é possível estipular as pessoas responsáveis, as tarefas que detalham a execução de cada etapa, os prazos para cada atividade e os pontos de interdependência.


3. Gestão de mudanças no projeto


Um fluxograma auxilia a visualização do processo de alteração no escopo de um projeto, indicando quando e como as mudanças são solicitadas pelo cliente, revisadas pela equipe, orçadas e, eventualmente, implementadas, garantindo o controle do impacto no cronograma e orçamento.


4. Processo de criação de orçamento


Um fluxograma pode ser desenhado para guiar a criação e revisão de orçamentos para projetos, iniciando com a coleta de dados, análise de custos e fornecedores, montagem do orçamento, aprovação interna e apresentação ao cliente.


5. Planejamento de visitas e inspeções de obra


O mapeamento das fases de acompanhamento de obra também pode ser feito por meio de um fluxograma, o qual pode conter desde a definição do cronograma de visitas, inspeções técnicas, emissão de relatórios, até a validação de conformidade com o projeto original.


6. Processo de onboarding de novos colaboradores


Pensando em processos internos do escritório de arquitetura, os fluxogramas podem ser usados para orientar o processo de integração de novos funcionários no escritório. Assim, podem começar com a contratação, assinatura de documentos, configuração de e-mail e ferramentas de trabalho, introdução à equipe, treinamentos e designação de projetos iniciais, garantindo que o novo colaborador tenha uma experiência estruturada e fluida.

O uso de fluxogramas na arquitetura proporciona a clareza necessária para um projeto ser eficiente, esteja sobre o controle em todas as etapas estabelecidas e esteja acessível à equipe e aos clientes.

Agora, que tal se aprofundar no assunto? Leia o artigo para dominar a gestão de projetos arquitetônicos.