Arquitetos usando calculadora e tablet para entender como cobrar por projeto de arquitetura em uma mesa com plantas arquitetônicas e maquetes.
  • Equipe Projetools
  • 24 Setembro, 2024

Como cobrar por projeto de arquitetura? Aprenda a precificar serviços


Ingressar no mercado de arquitetura pode gerar muitas dúvidas, especialmente quando o assunto é como cobrar por um projeto de arquitetura. Afinal, qual a melhor forma de precificar seus serviços?

Dentre todas as etapas de um projeto de arquitetura, a que define o valor ideal para cada projeto é uma das maiores dificuldades dos arquitetos, especialmente no início da carreira.

Pensando nisso, neste artigo, você encontrará dicas valiosas para entender como cobrar por projetos de arquitetura de forma justa e estratégica, alinhando a precificação ao seu perfil profissional. Continue lendo e descubra como acertar no preço dos seus serviços!




Fatores que influenciam quanto você deve cobrar por um projeto de arquitetura


Uma estratégia de precificação justa pode ser determinante para o sucesso do arquiteto e para a garantia da satisfação do cliente. No entanto, um projeto de arquitetura envolve fatores que contribuem para a variação do seu valor, afinal, cada empreendimento tem sua particularidade e possui diferentes níveis de exigências.

Sendo assim, listamos abaixo os principais elementos que devem ser considerados na hora de precificar serviços de arquitetura. Confira:

  • Complexidade do projeto: projetos mais complexos, com detalhes arquitetônicos elaborados ou que envolvem soluções técnicas específicas, demandam mais tempo e conhecimento, justificando uma cobrança maior;
  • Experiência profissional: arquitetos com mais experiência e um portfólio consolidado geralmente podem cobrar valores mais altos. A confiança e a expertise adquiridas ao longo da carreira influenciam diretamente a percepção de valor do serviço prestado;
  • Localização e mercado: o custo de vida e a demanda por serviços de arquitetura variam de uma região para outra. Mercados com maior concorrência e poder aquisitivo podem justificar preços mais elevados, enquanto áreas de menor demanda tendem a ter uma faixa de preço mais acessível;
  • Prazos e urgência: projetos que exigem prazos curtos ou precisam ser entregues com urgência geralmente custam mais, pois implicam na necessidade de dedicação intensiva ou priorização em relação a outros trabalhos;
  • Escopo do projeto: o tamanho e o escopo do projeto também afetam o preço. Projetos maiores ou que envolvem várias etapas, como a criação de um projeto executivo completo, tendem a ter um valor mais elevado devido ao volume de trabalho;
  • Recursos tecnológicos utilizados: se o projeto exigir o uso de tecnologias avançadas, como renderizações 3D detalhadas, modelagens BIM ou outros programas para arquitetura, o custo pode aumentar, pois essas ferramentas exigem investimentos em softwares e habilidades técnicas específicas.

Levar em conta esses fatores ajudará a garantir que o valor cobrado pelo projeto seja justo tanto para o arquiteto quanto para o cliente, refletindo adequadamente o esforço, a experiência e os recursos envolvidos.


Modelos de cobrança para projetos de arquitetura


Para chegar a um orçamento final, cada projeto e profissional segue um modelo de cobrança que melhor se adequa às necessidades do cliente, a fim de garantir a viabilidade da obra e um lucro justo.

O projeto básico é a primeira parte do projeto. É a fase de idealizar e planejar o design inicial de uma construção, assimilando o conceito geral de acordo com as intenções do cliente e a viabilidade econômica e técnica da obra.

Nessa fase, alguns pontos são descritos como:


Preço por hora


O modelo por hora é uma forma prática e justa de cobrar por um serviço ou produto, sendo utilizada em diversas profissões. Nessa forma de precificação, o arquiteto estabelece um valor fixo para cada hora de trabalho dedicada à gestão do projeto de arquitetura, portanto, projetos mais complexos recebem mais tempo de dedicação, o que gera mais valor.

Esse método é bastante utilizado e permite tanto negociar horas totais estimadas a partir do briefing, quanto deixar em aberto com o registro das atividades que serão realizadas em cada hora. No caso de horas estimadas, é possível solicitar ajustes conforme o andamento do projeto.

Dessa forma, há mais flexibilidade no momento de concepção do projeto, o que pode trazer benefícios, bem como desvantagens. Isso acontece porque é mais difícil prever um valor inicial, o que pode gerar surpresas no decorrer do planejamento.

Utilizando ferramentas como o Projetools, é possível ter o controle de horas contratadas/trabalhadas de forma muito simples. Além disso, garantem que você tenha acesso à dados fundamentais na hora de decidir que valor será cobrado, podendo responder perguntas como:

  • Qual a relação de horas contratadas e trabalhadas? Qual está sendo meu lucro?
  • Qual a etapa com maior custo?
  • Qual o custo médio de um projeto semelhante?
  • Quantas horas cada colaborador trabalhou por dia em cada projeto?

Se quiser conhecer melhor:




Preço por metro quadrado


Nesse modelo de precificação, a cobrança é feita com base na área do projeto, ou seja, o valor do serviço é calculado por metro quadrado da área a ser projetada. Esse modelo é muito comum em projetos residenciais e comerciais de médio porte.

A precificação por metro quadrado é calculada multiplicando o valor do metro quadrado pela área total do projeto. Por exemplo, se o valor do metro quadrado na sua região for de R$ 50,00 e o projeto prever 30m², o valor final será de R$ 1.500,00.

A cobrança por m² possui a vantagem de facilitar a compreensão para o cliente e a definição de valores, porém pode não refletir a complexidade do projeto por se basear em medidas


Preço por percentual do custo da obra


A precificação feita a partir do percentual do custo de uma obra é uma prática de cobrança bastante comum que considera as exigências do cliente, como a quantidade e a qualidade dos materiais que serão utilizados.

A vantagem do modelo de cobrança por percentual do custo da obra é ter possibilidade de alinhamento com o cliente. No entanto, por permitir ajustes à medida que o projeto avança, os custos podem aumentar conforme a obra se desenvolve, o que não é a melhor opção para clientes com orçamentos mais restritos.


Preço com base nas tabelas de referência


Por fim, uma outra forma de precificar os serviços de arquitetura é por meior de tabelas de referência, como as do Conselho de Arquitetura e Urbanismo e do Instituto de Arquitetos do Brasil.

Essas tabelas servem como guias para quem busca segurança e quer ter uma ideia inicial de negociação, uma vez que contemplam a precificação de projetos de acordo com critérios estabelecidos para diferentes tipos e escalas de trabalho.

Assim, por um lado esse método de como cobrar por um projeto de arquitetura pode ser mais claro e passar uma ideia de ser mais justo para o cliente, uma vez que há a padronização dos custos. Por outro, no entanto, o uso dessas tabelas pode não ser flexível o suficiente para adaptar-se às necessidades específicas de um projeto ou para atender às particularidades de um mercado local.

Sendo assim, cada um desses modelos apresenta uma abordagem distinta, e o mais adequado vai depender das características do projeto, do cliente e dos objetivos do arquiteto.

Agora que você já sabe como cobrar por um projeto de arquitetura, conheça nosso guia sobre projeto arquitetônico e fique por dentro de tudo sobre esse documento essencial para a execução de obras.